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Foto do escritorGy Ferreira

CEDECA participa da Semana Municipal da Reflexão sobre Drogas

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Em junho, a psicóloga voluntária do CEDECA Tayná Silva Araújo participou da palestra “Política Brasileira de Drogas — Diálogos necessários entre práticas e teorias”, com o prof. Dr. Odilon Castro, supervisor do CAPS AD e CAPS II de #Jundiaí. Esta foi a primeira palestra da “Semana Municipal da Reflexão sobre Drogas”, que aconteceu na Faculdade de Medicina de Jundiaí.


Segundo Tayná, a palestra iniciou-se com a história do álcool e outras substâncias, como o ópio e a cocaína, entrando na era da guerra antidrogas, que começou nos EUA e permeia até hoje no Brasil. 


A palestra também trouxe a informação de que o Brasil é o 8º país com maior consumo de álcool, sendo os homens os maiores consumidores, cujo índice de mortalidade de usuários radicais de álcool também é maior entre os homens.


O palestrante trouxe o termo “uso radical” para refletir sobre o uso, pois a partir do momento que se ingere o álcool, mesmo que socialmente, você está usando aquela substância. Portanto, o termo “uso radical” é atribuído ao indivíduo que usou e usa o álcool demasiadamente.


Levantou-se também a questão da violência doméstica e de como ela é associada ao uso do álcool, trazendo uma visão marginalizante a essa substância, uma vez que nem todo alcoolista é violento, nem todo homem sóbrio é pacífico. Assim, se faz necessário quebrar esta associação, inclusive nos sistemas de cuidados a esses usuários.


Outro ponto importante levantado foi a questão da violência que esses corpos sofrem, no sentido de outros darem nomenclaturas e os colocarem em devidas posições, como “alcoólatras”, “drogados”, “usuários”, entre outros nomes, a fim de somente colocar essas pessoas como estatística, pois quem define a relação do uso é quem faz a ingestão de álcool e não uma terceira pessoa. Além disso, estas nomenclaturas servem para tirar direitos dessa pessoa, como o direito de conscientizar-se, de mudar a relação com o uso, entre outros.


A finalização da palestra trouxe um pouco do conceito da redução de danos e sua importância, salientando que a abstinência e a internação não é a solução para os casos do “uso radical”, convidando os ouvintes a refletirem acerca do uso do álcool, uma vez que, quando se fala do uso de drogas, a associação é direta com drogas sintéticas, sendo o álcool a droga que mais intoxica, mais que traz prejuízos a longo prazo e a que mais causa mortes no Brasil.


*Relatório elaborado por Tayná Silva Araújo.

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