Quando me casei, fui morar no bairro Anhangabaú, era uma residência geminada e, no fundo, tinha mais duas casas.
Meu marido saía para trabalhar às 6h e retornava às 18h, e à noite ia para a escola. Como eu ficava muito sozinha, ia conversar com as vizinhas, então me apeguei muito à dona Zenaide, esposa do Sr. Luiz, que na época, só tinham um filho. Ela era costureira e eu adorava costurar. Por isso, ficamos muito amigas e passei a ficar com ela o dia todo. Lá, eu a auxiliava no que precisasse.
Muitas noites, minha mãe ia me visitar, enquanto meu pai jogava bola no bar do Baiano, que ficava bem próximo da minha casa. Então, minha mãe ia com ele e ficava comigo até a hora de ele ir embora. Como era bom ficar com a minha mãe e dos nossos bate-papos à noite!
Passados uns tempos, minha irmã Odete precisou que eu cuidasse de sua filha Cristina, que estava em idade de iniciar na escola, porém, sua mãe não poderia levá-la.
Na época, a pré-escola era uma sala de aula improvisada na Festa da Uva. Todos os dias, levava a Cristininha para a escola e era muito bom o bate-papo com as outras mães enquanto a esperava entrar e sair da escola. Esta vivência com pessoas mais velhas e com a Zenaide colaborou muito com o meu crescimento pessoal.
Em 1969, foi um ano muito importante para minha vida, me senti na vida adulta. Foi o ano da minha primeira gravidez. E esta história, contarei na próxima semana.
Edição: Gy Ferreira (@gy.gy.fe)
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