top of page
Foto do escritorLucinda Cantoni Lopes

“Um pouco mais da minha adolescência”, por Lucinda Cantoni. Uma história para aquecer o coração.



Quando iniciei o Ensino Fundamental II, hoje 5º ano, na Escola Industrial, atual E.E. Dr. Antenor Soares Gandra, tive um grande crescimento pessoal. Conheci pessoas diferentes que ajudaram em minha formação. 


Lembro-me dos professores e dos funcionários administrativos, da D. Linda e do Sr. Jorge, inspetores de aluno. Também me lembro do Sr. João Garcia, zelador, que morava em uma casa no terreno da escola, e ficava muito tempo se comunicando com a Secretaria Estadual por um rádio. Ele era o “rádio amador” e tinha também uma pequena doceria na Escola com sua esposa Luizinha, que fazia deliciosos sonhos para venda.


O professor Xisto, que ensaiava a fanfarra para as apresentações e para o Desfile de 7 de Setembro. A professora de educação física nos incentivava a praticar esportes, e eu logo me destaquei em corrida, salto, extensão e salto em altura. Passei a praticar no Bolão (Centro Esportivo Dr. Nicolino de Luca). Tomava um ônibus no Retiro, às seis horas, e treinava das 6h30 até 7h30. Depois, subia a pé com a Léa Maria, filha do Sr. João e da D. Luiza, até a escola, onde almoçava uma comida muito boa.


Como foram bons aqueles anos! Além de muitos conhecimentos, praticar esportes, tocar na fanfarra e ter muitos amigos, conheci o João Lester, filho do Sr. João e da D. Luizinha, meu primeiro namorado. Na verdade, nos conhecemos pessoalmente no Teatro Polytheama, em um sábado de manhã, num show do cantor Roberto Carlos. Quando digo pessoalmente, é porque já tinha visto fotos dele e sabia que ele estudava na escola à noite e trabalhava na Krupp. Quando descobrimos que estudávamos na mesma classe, ele à noite, e eu durante o dia, passamos a deixar bilhetinhos colados embaixo da carteira escolar. 


Os anos passaram rápido demais. Não fiz nem o ensino médio, parei no fundamental. Não que eu não gostasse de estudar, mas por falta de estímulo familiar. Prosseguir nos estudos não era a cultura nem a prioridade da família. 


Namorei por cinco anos, tempo para sonhar e me preparar para o casamento. Para a separação da família numerosa e formar a minha família. Me casei no dia 28 de dezembro de 1968. Eu tinha 18 anos e o Lester 21.



Revisão: Gy Ferreira

7 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page